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UNIVERSALIDADE DA ESPIRITUALIDADE

Na "Lumen Gentium", capítulo V, lemos: "Vocação Universal à Santidade". Quer dizer, ser santo não é um privilégio dos monges ou de uma elite, mas é algo destinado a todo e qualquer batizado e a tantos outros que nem são cristãos. No nº 41 deste mesmo capítulo temos: "Todos os que, movidos pelo Espírito de Deus, obedecem a voz do Pai e adoram a Deus Pai em espírito e verdade, cultivam nos vários gêneros de vida e ofícios uma única santidade".

Quanto à espiritualidade conjugal, no nº 56 da "Familiaris Consortio" exorta: "Cumprindo à energia do sacramento, a própria missão conjugal e familiar, penetrados do espírito de Cristo que impregna toda a sua vida de fé, esperança e caridade avançam sempre mais na própria perfeição e mútua santificação e cooperam, assim juntos, para a glória de Deus".

Jesus conclamou: "sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5,48), e S. Paulo lembra-nos: "esta é a vontade de Deus: Vossa santificação" (Ts 4,3). Também escreveu que Cristo amou a Igreja como se fosse sua esposa, a fim de

santificá-la. Todos os fiéis cristãos são chamados à santidade e à perfeição da caridade. A passagem de imperfeitos para perfeitos se dá sempre a partir do amor (Fl 3,12).

Durante muitos séculos foi pensado que só os consagrados e os religiosos estivessem obrigados a seguirem e a viverem os preceitos evangélicos, mas o Evangelho é para ser vivido por todos. Devemos testemunhar Cristo pobre, humilde, carregando a cruz.

Os casados não praticam um estilo de santidade que funciona só para os monges e religiosos. Eles devem se ajudar mutuamente a conservar e aumentar a graça no decurso de sua vida.

O marido tem a responsabilidade de ajudar a sua esposa a se salvar e vice-versa. Cada cônjuge tem o direito de receber o apoio, a inspiração e a motivação necessários para alcançar a vida eterna.

Assim, todos os cristãos, em suas condições, ofícios ou circunstâncias de vida, e através desse tudo, dia a dia, se santificarão. Com fé, tudo aceitam do Pai.

Os cristãos são convidados e obrigados a procurarem a santidade e a perfeição no seu próprio estado de vida.

O amor é o que dá sentido à vida. A maior garantia para que o amor não desaparece e se torne mais profundo, mais verdadeiro através dos anos, é estar constantemente em busca da sintonia entre seu projeto fundamental de vida e o projeto de Deus, fonte de toda a vida.

Como batizados, somos discípulos missionários. O que sustenta esse trabalho missionário é a experiência de Deus, a Espiritualidade.

A oração, esse relacionamento do ser humano com o seu Deus, está profundamente inscrito no coração de cada um, na forma de um desejo da criatura de encontrar-se com seu Criador, do filho querendo comunicar-se com o Pai. O batizado, à medida que vai crescendo na Igreja, recebe o apoio da comunidade nessa busca, por meio da liturgia, da Palavra de Deus, dos Sacramentos, dos momentos reservados para esse encontro com Deus.

Uma das dificuldades que o cristão encontra na espiritualidade é a insegurança que sente diante de novos desafios. Ao mesmo tempo em que cada um é chamado a conservar uma profunda identidade individual, a vida comunitária busca fundir-se numa nova personalidade, numa nova espiritualidade, num novo ser com muitas características e atitudes que passam a partilhar.

Assim, além do encontro individual de uma pessoa com Deus, a nova dimensão comunitária se torna fermento e sal da terra que inebria e ilumina novos caminhos.

 
 
 

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