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Ano C – 22º DOMINGO DO TC - QUEM SE HUMILHA SERÁ EXALTADO


            A Liturgia deste domingo nos convida a uma reflexão: as honrarias do mundo não constroem as pessoas, mas os ensinamentos do Evangelho nos dão a vida eterna. Somos convidados a escolher entre a sabedoria divina, que edifica o homem, ou os caminhos de coisas fáceis que destroem a sua moral. A Sabedoria divina são provações que consolidam o itinerário da fé, enquanto as coisas fáceis não são confiáveis e se desmoronam no primeiro obstáculo.

A primeira leitura, tirada do livro do Eclesiástico 3,19-21.30-31, convida-nos a avaliar nossa capacidade, agindo com prudência. Na prudência está a humildade, vista como um dom de Deus que constrói a felicidade. O orgulho, que é o coração endurecido, afasta o homem do reto caminho. A humildade pavimento o caminho para Deus, o orgulho destrói os sinais da perfeição, tornando a estrada insegura. Conhecemos a Sabedoria pela mansidão na convivência, sem julgar o próximo, diminuindo suas ações e engrandecendo as pessoais. A nossa superioridade está no nosso rebaixamento que não sufoca o irmão, porque muitos são altaneiros e ilustres, mas é aos humildes que ele revela seus mistérios. E o Sirácida continua transmitindo sabedoria: O coração que anda por dois caminhos não será bem sucedido, quem é depravado tropeçará neles. Essas advertências não são para ser ouvidas, mas guardar no coração e praticá-las.  

Cada ação tem uma recompensa. A Sabedoria leva ao discernimento, mostrado que o orgulho não é obra de Deus. E nos dá o exemplo: “A água apaga o fogo, a esmola expia os pecados” (cf. v 30). Precisamos apagar o fogo da nossa arrogância para olhar os indigentes, os pobres. Toda a nossa petulância desaparece com a morte, todas as boas obras permanecem. Desprezar as grandezas mundanas para receber a vida eterna.

            No Evangelho (cf. Lc 14, 1.7-14) Jesus conta uma parábola para ensinar a humildade. É um novo critério de avaliação que nada tem a ver com o mundo. Jesus aproveita o procedimento sobre a etiqueta judaica para mostrar nova instrução religiosa. São as pessoas vaidosas, presunçosas que procuram os primeiros lugares, como os escribas e fariseus, exibindo-se socialmente. Os critérios de Deus são contrários aos dos homens. Não se trata de se engrandecer, mas de humilhar-se. O que Jesus apresenta são novos valores para mostrar como é o Reino de Deus. E por fim, mostra que o critério de avaliação não está não condição social ou econômica, mas no modo de agir. Escolher os pobres, os que nada significam socialmente, assumindo a sua causa, é opção para o Reino de Deus, é preparar para ressurreição. É rebaixar-se para ser exaltado por Deus.

            A Carta aos hebreus (cf. Hb 12,18-19.22-24ª), depois de mostrar a fé dos antepassados, nos fortalece com a esperança da vida eterna. Pela fé não vivemos coisas irrealizáveis. A Jerusalém Celeste, que é o viver junto à Trindade Santa na comunhão dos justos, será a nossa recompensa. Participaremos da Assembleia dos justos, contemplando Deus face a face. Mas, para isso precisamos procurar a perfeição aqui na terra e ganhar a vida eterna. Eliminar a arrogância, a vaidade, a prepotência, tornando-se coirmão dos mais simples, dos desprezíveis, dos mais pobres dos pobres. Ganhar o céu que nos foi dado pelo derramamento mais eloquente do justo que se entregou por nós, o Filho de Deus que assumiu a nossa humanidade. Amém.

 
 
 

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