Ano C – 18º DOMINGO DO TC - ONDE ESTÁ A MINHA SEGURANÇA?
- encontrobiblicocat
- 2 de ago.
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Neste 18º Domingo do Tempo Comum do Ano C, Jesus nos apresenta uma questão: o que é mais importante, o acúmulo de riquezas ou a tranquilidade dos bens espirituais? Isso nos convida a descobrir o que é mais importante: preocuparmos com o dinheiro ou confiar em Deus e em sua misericórdia?
A primeira leitura, Sabedoria em Eclesiastes (1,2.2, 21-23), nos ensina que ser sábio não é acumular riquezas, não é ter opulências, não é ociosidade. Isso é vaidade das vaidades. E a vaidade vai com o vento, desaparece entre os dedos, enquanto aos bens espirituais são guardados no céu e os cupins não os comem. O que levamos para a vida eterna são nossas boas obras. Um amigo certa vez me disse: quando a gente morre os parentes não colocam no caixão nem uma moeda, mas ficam esperando o enterro para distribuir a herança. A Sabedoria nos ensina que precisamos discernir o que é necessário à nossa vida, o supérfluo não acrescenta nada, por que se preocupar com a abundância material? Se estivermos produzindo por vaidade nada será acrescentado à nossa medida, quando nos apresentarmos no Juízo final. Seremos julgados como insensatos.
São Paulo, Cl 3, 1-5.9-11, continuando a Sabedoria em Eclesiastes, nos exorta a procurar as coisas do alto, junto de Cristo sentado no seu trono ao lado do Pai, pois morremos e a nossa vida está em Cristo. As coisas do mundo não nos acompanharão pana a vida eterna, elas não entrarão conosco no céu. O apóstolo continua nos exortando a despirmos das roupas do homem velho, e revestirmos da nova em Cristo. O que é velho é o pecado, enquanto o que é novo é a graça redentora conquistada na renúncia total pela cruz. Isso é o despojamento dos bens materiais para ter o Cristo todo em nossa vida. É preciso se preocupar com as coisas do alto que estão escondidas com Cristo em Deus, porque as terrenas se oferecem com as facilidades passageiras, são paixões que se apagam do mesmo modo que aparecem, são mentirosas, não suportam a verdade.
Jesus, no relato de Lucas 12, 13-21, falando em parábolas, mostra a insensatez de alguém que acredita que a garantia da felicidade está no acúmulo de riquezas. Primeiramente ele quer se apossar da metade de bens que não produziu, recebendo do Mestre a resposta onde ensina que não é a abundância que assegura a felicidade do homem. Depois mostra que, mesmo sendo agraciado com grande colheita, resultado do seu trabalho, dela não usufruiu, morre, deixando-a para outras pessoas. Conclui que juntar riquezas terrenas para si mesmo não é garantia para a vida eterna. Fomos criados por Deus para administrar sua criação, e não para ser prisioneiros dela. Ele nos dá seus bens para sobrevivermos, e não para sermos escravizados por eles. Aquele que se torna escravo dos frutos do dinheiro perde a noção de sua existência, de sua vocação. Vivemos para Deus e não para nós. Toda a criação nos ajuda a conquistar a maior riqueza, a vida eterna, o resto permanece aqui. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

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