Ano C – 17º DOMINGO DO TC - O PODER DA ORAÇÃO
- encontrobiblicocat
- 27 de jul.
- 2 min de leitura
A oração era a atitude predileta de Cristo. Durante sua caminhada, anunciando o Evangelho, sempre tinha momentos de oração junto ao Pai. Dava uma parada, se afastava e, em um colóquio pessoal, falava como Filho ao Pai que o escutava. É o que predomina nas leituras deste domingo.
Na primeira leitura vemos Abraão intercedendo pelos habitantes de Sodoma que se afogavam no pecado (Gn 18, 20-32). É uma oração de súplica. Abraão pede, com humildade, que deve ser a característica da oração, que Deus tenha misericórdia dos seus habitantes, mesmo que tenha apenas dez justos. E Deus se compromete, por causa de apenas dez, não destruir a cidade. Mas não encontra dez justos entre seus habitantes. É um convite para olharmos como está nossa vida em Deus. Somos suas criaturas e devemos viver conforme seus preceitos, e não permitir que a devassidão, a imoralidade, os desejos da carne dominem nossa vida. Deus colocou tudo ao nosso dispor, mas deu-nos também a liberdade para fazer o bem ou mal, cabendo-nos a escolha. A inteligência dada por Deus é para discernir o que é certo do que é errado, escolhendo o certo, o bem. A depravação, o pecado não é obra de Deus, mas do mundo, do demônio. Somos de Deus ou do mundo? Abramos nosso coração a Deus, com uma oração sincera, e alcançaremos as graças necessárias à nossa santidade. Somos filhos da luz e não das trevas.
No Evangelho, São Lucas nos apresenta o final da oração de Jesus, quando os discípulos pedem que lhes ensine a rezar (Lc 11, 1-13). Primeiramente, Jesus ensina-lhes o Pai Nosso, sinal messiânico do discípulo missionário. O ritmo do Pai Nosso é marcado por esses princípios: duas petições marcadas pela invocação “Pai”, relacionadas com o projeto de Deus, o seu nome e o seu Reino; três pedidos que expressam as necessidades fundamentais do discípulo: o pão, o perdão e a liberdade. Mostra o relacionamento íntimo com o Pai que revela seu rosto em Jesus, na história humana, para realizar o projeto de liberdade e comunhão plena. Segue uma série de pedidos, iniciando com o pedido do pão para atender a precariedade do homem, a necessidade de alimento para continuar o serviço do amor. Continuando, segue o pedido de perdão dos pecados que geram a solidão e a morte, quebrando o relacionamento fraterno que dificulta a intimidade com Deus. O último pedido mostra e precariedade da existência do homem exposta ao mal e sua extrema gravidade: “não nos deixei cair em tentação”, é o desespero e a infidelidade gerada pela morte espiritual. É uma oração que confessa a fraqueza humana e espera a fortaleza do Pai misericordioso.
E a Liturgia da Palavra é fortalecida com a exortação de São Paulo, Cl 2,12-14, alimentando-nos para a ressurreição da vida eterna, pelo Batismo. Se somos sepultados com Cristo, pelo Batismo ressuscitaremos com Ele. O Batismo, instituído pelo próprio Jesus, perdoa todos os pecados e nos habilita para a morada celeste. É na cruz que foram resgatadas todas as nossas faltas, tornando-nos participantes da sua vitória sobre o mal. Somos povo eleito e coerdeiro com Cristo, levados em cortejo triunfal. Essa é a nossa vocação.

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