Ano C – 4º DOMINGO DA PÁSCOAEU CONHEÇO AS MINHAS OVELHAS E ELAS ME SEGUEM
- encontrobiblicocat
- 10 de mai.
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Neste quarto domingo da Páscoa a liturgia nos apresenta a imagem do Bom Pastor. Porque o Bom Pastor? No mundo onde tudo é válido, desde que seja para o bem próprio, até a exploração da fé, a destruição do próximo, tudo é justificável, inclusive os mercenários. Mas Jesus Cristo ensina a verdade e mostra o verdadeiro significado de sua missão, como exposta na liturgia deste domingo.
São Lucas, em At 13,14.43-52, faz um relato histórico de como o mandato de Cristo foi realizado e os frutos que produziu, pois os seus destinatários, os judeus, o rejeitaram, enquanto os gentios, os pagãos, aceitavam a nova doutrina e a ela se convertiam. Cristo prometera permanecer com seus apóstolos, fortalecendo-os e santificando-os com sua graça. O milagre da Boa Nova penetrava no coração daqueles que se abriam à mensagem redentora e multiplicava o número dos eleitos. Os apóstolos não se deixavam vencer pelas decepções e continuavam a evangelizar. Não ficavam trancados no templo e colocavam em prática o mandato de Jesus: “ensinando-os a observar tudo quanto vos ensinei”, pois “achavam-se repletos de alegria e do Espírito Santo”. A inveja dos judeus incitava as pessoas influentes a perseguirem Paulo e Barnabé, expulsando-os, mas saiam a pregar em outras regiões. Sempre há pessoas querendo conhecer Jesus, sua doutrina, seu evangelho, por isso os missionários sempre terão espaço para anunciar Cristo. É preciso sacudir a poeira e continuar a caminhada, enchendo o mundo com a verdade de Cristo.
São João, no Apocalipse, 7, 9. 14-17, narra a liturgia dos vencedores que glorificam o Cordeiro exaltado pelo Pai. Depois de perseverarem diante dos sofrimentos e tribulações são convidados a cantar a vitória diante do Cristo glorificado, participando da vida dos eleitos. É a recompensa eterna, pois “nunca mais terão fome nem sede, o sol nunca mais os afligirá, nem qualquer calor ardente; pois o Cordeiro que estará no meio do trono os apascentará, conduzindo-os até à fonte de água da vida”. A nossa caminhada com o Cristo, quer carregando a cruz, quer ensinando o seu evangelho, quer sendo o próximo dos que sofrem, não seremos esquecidos por Deus. A recompensa será cem por cem. O que Deus nos reservou não são coisas deste mundo, mas água viva que jorra abundantemente.
São João no seu evangelho (10, 27-30), com poucas palavras, tira da vida pastoril o cuidado de Cristo para com suas ovelhas, onde há uma afinidade indissolúvel. Para entendermos essa pequena parábola, é preciso conhecer a relação entre ovelhas e pastor. Todos os pastores, no fim do dia, recolhiam suas ovelhas em um cercado comum. E eles passavam a noite junto com suas ovelhas. De manhã eles as chamavam e elas saiam atrás deles porque conhecia sua voz. Não seguiam outro pastor. Assim o Cristo se nos apresenta, mostrando essa afinidade conosco. Podíamos perguntar se conhecemos nosso Pastor? Se nos identificamos com Ele ou seguimos qualquer pastor. O nosso Pastor é aquele que faz unidade com o Pai e não qualquer mercenário que se apresenta como guia. Como identificamos o Bom Pastor? Como sabemos se ele é o que deu sua vida para nos salvar? É seguir Cristo
É necessário conhecer o Verdadeiro Pastor para não ser enganado. É preciso descobrir as características do Verdadeiro Pastor para não ser desviado. É importante observar se aquele que se apresenta como pastor não está voltado para os bens materiais, para o dinheiro. Seguir falso pastor pode ser levado à condenação eterna. Amém!

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