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Ano A – 30º DOMINGO DO TC O MAIOR MANDAMENTO

A primeira leitura, Ex 22, 20-26, nos fornece ensinamentos morais e religiosos contidos no Código da Aliança, os Dez Mandamentos. A sensibilidade ética que conduz à caridade para com o compatriota israelita, como forma de transcendência do amor que supera as exigências da justiça. O texto se refere aos incapazes Os israelitas devem se lembrar do seu tempo no cativeiro do Egito, quando eram provados de toda forma, por isso deve tratar o próximo com respeito e dignidade. O Senhor ouvirá o clamor dos indefesos e fará justiça. É um lembrete para nós, hoje, lembrando-nos como proceder em comunidade. Não basta cumprir os mandamentos, mas participar da vida dos carentes, tanto material como espiritual. Ser um coração acolhedor.

São Paulo, na segunda leitura, 1Ts 1, 5-10, nos faz um relato da Igreja que está em Tessalônica, levando uma vida cristã modelar e empenhada na fé como eleita de Deus. Paulo recorda o efeito da evangelização e a sua acolhida que serve como modelo para as outras comunidades, bem como o respeito para com os missionários, acolhendo-os e se convertendo ao Deus vivo. É uma carta que nos ajuda a crescer e perseverar na fé. Vemos nessa carta um tripé para a nossa comunidade: evangelização, conversão, acolhida. Isso é o exigido para a nossa salvação que se resume em aceitar o Plano de Deus.


O maior dos mandamentos, 22,34-40.

Depois da discussão de Jesus com os saduceus sobre a ressurreição, aparecem os fariseus que se dizem mestres da Lei. Deus havia dado a Moisés, no monte Sinai, o Decálogo, dez artigos ou mandamentos que resumem todo o relacionamento do povo com o seu Deus e entre si. Os mestres da Lei, com o tempo, foram acrescentando outros mandamentos. Pelo Código Deuteronômio foram acrescidas outras exigências relacionais com Deus. E assim, dos dez mandamentos originais, criaram mais de seiscentos, dificultando a sua interpretação e aplicação. E agora os fariseus querem saber de Jesus qual é o primeiro, o mais importante diante do emaranhado de leis. Jesus enumera dois mandamentos da lei mosaica. O primeiro, tirado do Deuteronômio (6,5), e o outro do Levítico (19,18), concluindo que o amor a Deus e ao próximo tem a mesma importância. Jesus tira a posição do segundo, colocando-o no mesmo grau de importância do primeiro, reafirmando toda a pedagogia divina quanto ao princípio da revelação bíblica com a vontade de Deus (lei e profetas). E conclui afirmando: Destes dois mandamentos dependem toda a lei de Moisés e o ensinamento dos profetas. Essa afirmação de Jesus sustenta toda a história da salvação.

Na Igreja de Mateus o confronto entre farisaísmo e cristianismo era um entrave para que a comunidade se desenvolvesse. A multiplicidade de leis judaicas criava obstáculos para aceitar a Jesus Cristo. A resposta com o duplo mandamento do amor a Deus e ao próximo é a cláusula fundamental da aliança entre Cristo, o Pai e o povo. A comunidade precisava conhecer a verdadeira interpretação da vida cristã com o Deus que se revela em seu Filho. A Igreja é questionada sobre a sua relação com o próximo e Deus. A isso chamamos eixo, ponto central da existência cristã, que precisamos, hoje, fazer uma leitura concreta do que Cristo nos ensinou e nos pediu, para que não haja distinção de pessoas na comunidade cristã.

 
 
 

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