Ano A - 25º DOMINGO DO TCA - MISERICÓRDIA DIVINA
- encontrobiblicocat
- 23 de set. de 2023
- 3 min de leitura
A liturgia deste domingo nos estimula e convida e abrirmo-nos à misericórdia de Deus. É uma reflexão que nos leva a conhecer a nossa fragilidade humana diante da potencia infinita do Pai Celeste. Há uma enorme distância que pode ser encurtada pela humildade que aceita o julgamento de Deus que é justiça e misericórdia Divina.
Na primeira leitura, o Profeta (Is 55, 6-9) inicia o seu oráculo conclamando os pecadores a se aproximarem do Senhor enquanto se pode encontrá-lo, pois ele se aproxima dos pecadores para salvá-los, porque é rico em misericórdia. Mas, para isso, é preciso reconhecer-se pequeno diante da grandeza de Deus. Deus não pensa como os homens, nunca podemos rebaixar Deus para satisfazer nossos caprichos. E como fazer esse rebaixamento de Deus? Relativando nossa conduta, como uma forma de justificar os nossos pecados. Por exemplo: os outros fazem assim e nada lhes acontece, eu também sou um ser humano, e essa conduta é própria dos homens, portanto, é tolerável. Mas o profeta lembra que os pensamentos de Deus não como os nossos, nem seus caminhos são como os nossos. É necessário despertar para viver a santidade, bússola para a vida eterna. E a santidade é o encontro com Deus em todos os dias, em todos os acontecimentos. É caminhar com a cruz sem reclamar, como fez o Cristo. É renunciar o pecado.
Nesta mesma linha da justiça de Deus, Mateus (Mt 20, 1-6), tratando da vinda próxima do Reino de Deus, apresenta a parábola dos trabalhadores da vinha, numa explicação de como age Deus para acolher os que aceitam a salvação. Lembrando que, para Deus, não importa quando se adere ao seu convite, mas que esteja aberto à misericórdia redentora, mesmo que seja na última hora da vida. Deus está sempre dando oportunidade para entrar na vida eterna e recompensa aos que concordam a trabalhar na sua vinha, a Igreja. A Igreja é colocada como a seara de Cristo, que precisa e acolhe os operários. E como trabalhamos nessa vinha, a Igreja? Servindo nas pastorais, conhecendo a Sagrada Escritura para vivê-la e anunciar aos outros, estudar a Igreja e sua doutrina através de cursos, participando dos sacramentos, ajudando os pobres. Na parábola, o Senhor mostrou-se generoso, sem ser injusto com ninguém, pois pagou a salário combinado. A contestação de alguns operários dá oportunidade para mostrar a bondade de Deus que, dando a mesma recompensa aos últimos, não foi injusto com os primeiros. O significado da parábola corre sobre dois trilhos, teológico e cristológico. Em Jesus, que oferece a salvação aos perdidos, faz-se visível e a bondade e a graça de Deus. Não uma bondade atemporal, mas o seu gesto de misericórdia, próprio da bondade de Deus. Nele vem Reino do Pai, significativo da salvação gratuita para os excluídos da sociedade humana, simbolicamente, representando pelos trabalhadores de última hora. Deus nos dá a oportunidade de salvação até no último minuto, para isso são necessárias a humidade reconciliação.
Por fim, o Apóstolo (Fl 1, 20-27) enaltece a sua vida com o hino de fidelidade a Cristo, pois, para ele, vier e Cristo e morrer é lucro. Mas se coloca para Cristo como instrumento de salvação, pela pregação do Evangelho, à Igreja que está em Filipo. Para ele seria um prêmio morrer para encontrar-se com Cristo, mas, ainda é útil continuar vivo para servir à comunidade filipense.
CONCLUNDO:
Não podemos perder as oportunidades que Cristo nos dá para nos salvar. Viver a sua misericórdia em todos os momentos da vida; conhecer melhor a Cristo e sua Igreja, conhecer, amar e viver a Sagrada Escritura. Não deixar para a última hora a nossa preparação para a morte, pois pode acontecer que não se encontre quem nos dê a última absolvição dos pecados.

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