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Ano C – 17º DOMINGO DO TCO PODER DA ORAÇÃO


A oração era uma atitude predileta de Cristo. Durante sua caminhada, anunciando o Evangelho, sempre tinha momentos de oração junto ao Pai. Dava uma parada, se afastava, e em um colóquio pessoal, falava como Filho ao Pai que o escutava. Na primeira leitura da liturgia deste domingo vemos Moisés intercedendo pelos habitantes de Sodoma que se afogavam no pecado (Gn 18, 20-32). É uma oração de súplica. Moisés pede, com humildade, que deve ser a característica principal da oração, que Deus tenha misericórdia dos seus habitantes, mesmo que tenha apenas dez pessoas. E Deus se compromete, por causa de apenas dez, não destruir a cidade. Mas não encontra apenas dez justos entre seus habitantes. É um convite para olharmos como está nossa vida em Deus. Somos suas criaturas para vivermos segundo os seus preceitos, e não permitir que a devassidão, a imoralidade, os desejos da carne dominem nossos desejos. Deus colocou tudo ao nosso dispor, mas colocou também nossa liberdade para fazer o bem e não o mal. A inteligência dada por Deus é para discernir o que é certo do que é errado, escolhendo o certo, o bem. A depravação, o pecado não é obra de Deus, mas do mundo, do demônio. Somos de Deus ou do mundo? Abramos nosso coração a Deus, com uma oração sincera, e alcançaremos as graças necessárias à nossa santidade.

No Evangelho de hoje São Lucas nos apresenta o final da oração de Jesus quando os discípulos o pedem que lhes ensine a rezar (Lc 11, 1-13). Primeiramente, Jesus ensina-lhes o Pai Nosso, que se resume no sinal messiânico a caminho do calvário. Esse movimento marca o ritmo do Pai Nosso: duas petições abertas pela invocação “Pai”, relacionadas com a realização do projeto de Deus, o seu nome e o seu Reino; três pedidos que expressam as necessidades fundamentais do discípulo: o pão, o perdão e a liberdade do perigo da infidelidade. Mostra o relacionamento íntimo com o Pai próximo que revela seu rosto em Jesus, na história humana, para realizar o projeto de liberdade e comunhão plena. Segue uma série de pedidos, iniciando com o pedido do pão para atender a precariedade do homem, a necessidade de alimento é sinal de tudo o que falta ao homem. Continuando, segue o pedido de perdão dos pecados que geram a solidão e a morte, quebrando o relacionamento fraterno que dificulta a intimidade com Deus. O último pedido mostra e precariedade da existência do homem exposta ao mal e sua extrema gravidade: “não nos deixei cair em tentação”, é o desespero e a infidelidade gerada pela morte espiritual. É uma oração que confessa a fraqueza humana e espera a fortaleza do Pai misericordioso.

E a Liturgia da Palavra é encerrada com a exortação de São Paulo, Cl 2,12-14, alimentando-nos para a ressurreição da vida eterna, no Batismo. Se somos sepultados com Cristo, pelo Batismo com Ele ressuscitamos. O Batismo, instituído pelo próprio Cristo, perdoa todos os pecados e nos habilita à morada celeste. É na cruz que foram resgatada todas as nossas faltas, tornando-nos participantes da sua vitória sobre o mal. Somos povo eleito pelo próprio Cristo, levados em cortejo triunfal.

CONCLUSÃO

Somos vencedores com o Cristo, mas precisamos caminhar com Ele, abandonando o pecado e vivendo seus ensinamentos. O seu Reino não é aqui, aqui conquistamos a nossa morada no Reino celeste. Lá participaremos da sua glorificação.

 
 
 

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