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Ano C – 3º DOMINGO DA PÁSCOA - É PRECISO OBEDECER A DEUS E NÃO AOS HOMENS


Estamos no tempo mistagógico, o itinerário pascoal que leva à revelação do mistério do Filho de Deus que consuma a missão de salvar a humanidade, depois, ser glorificado junto ao Pai com o Espírito Santo, na festa da Santíssima Trindade.

Neste terceiro domingo da Páscoa, com o At 5, 27b-32.40b-41, recordamos a ação missionária dos apóstolos, anunciando corajosamente o Cristo glorificado pelo Pai. Isso foi uma ofensa aos membros do Sinédrio que condenaram Jesus à morte, na cruz. Mas surge alguém que aconselha a dar tempo para certificar se aquela doutrina é verdadeira e perdura, caso contrário, o tempo se encarregará de destruí-la. A Verdade permanece e os julgamentos humanos são destruídos pelo tempo.  A pregação dos apóstolos, como verdade única, se espalha pelo mundo inteiro e continua até os confins dos tempos. Aqueles discípulos de Jesus não ficaram escondidos no cenáculo, no templo, na igreja, nas sacristias, acomodados, medrosos. Saíram pelas casas, pelas ruas, pelas praças, enfrentaram as perseguições. Esse é o modelo de pastoral, levar o evangelho aonde ele ainda não é conhecido, vivido, testemunhado, mesmo que sejamos castigados com açoites de ódio a Cristo, à Igreja. “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens”. Foi a resposta dos Apóstolos.

Na segunda leitura, no relato das visões proféticas de São João no Ap 5, 11-14, ele relata como o Cordeiro imolado é glorificado, adorado, exaltado por todo o universo, em todas as suas criaturas. Enquanto o Cristo foi humilhado palas potestades terrenas, despido de toda a dignidade, ao Cordeiro pertencem toda a glória, toda a honra e todo o domínio pelos séculos dos séculos. É o convite-ensinamento de como deve ser nossa conduta diante do Cristo vencedor do pecado. É uma conduta concreta, real, e não apenas por palavras. São gestos de fazer, de viver, de transmitir, de ensinar. Gestos de saída missionária, como fizera a primeira comunidade cristã apresentada na primeira leitura.

No relato do Evangelho de hoje (Jo 21, 1-19) destacam-se, nessa terceira e última aparição de Jesus a seus apóstolos, depois de sua ressurreição, alguns fatos teológicos muito signicativos. O primeiro trata-se do aspecto divino de Jesus que, à primeira vista, não fora reconhecido pelos apóstolos, pois Ele já deixara o homem velho, mas reconhecido por João, depois de pescarem numerosa quantidade de peixes. O segundo fato é a atitude de Jesus que os recebe na praia já com alguns peixes assados e tem a atitude eucarística: “Jesus aproximou-se, toma o pão e o distribui entre eles; e fez o mesmo com os peixes”. A terceira atitude de Jesus está no diálogo com Pedro: “tu me amas?” Com a resposta positiva de Pedro, Jesus lhe confere o mandato petrino: “Apascenta as minhas ovelhas”. É um gesto tríplice simbolizando a perfeição. Por fim, a ordem de Jesus: “Segue-me”. Nessa delegação: “apascenta minhas ovelhas”, Jesus Cristo institui o “mandado petrino”, sendo Pedro o primeiro Papa, por isso a Igreja de Cristo é Una, Santa, Católica e Apostólica, seguindo-O há dois mil anos.

Somos convocados a repensar nossa vocação e missão de católicos e unidade a Cristo na pessoa do Papa, sucessor de Pedro. É uma unidade por todos os séculos. Amém!

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