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Ano C – 3º DOMINGO DA QUARESMA - REENCONTRO COM DEUS


            Celebrando o terceiro domingo da quaresma. Neste ano, com o evangelho de Lucas, temos um encontro com o Cristo que vem a nós para nos reconduzir ao Pai. O pecado não afastou Deus de nós, nós que nos afastamos de Deus. Na primeira leitura (Ex 3, 1-8.13-15) o escritor sagrado lembra Deus se encontrando com Moisés para libertar seu povo. É um encontro simbólico. A sarça se queima, mas não se consome, despertando a curiosidade de Moisés. É uma liturgia para falar aos homens, lembrado que serão purificados de seus pecados. Enquanto o fogo queima a infidelidade do homem ele é preservado para Deus. A sarça permanece intata e o fogo continua ardendo sobre ela, como um rito de purificação. É uma alegoria para entendermos que o espirito permanece, é criação de Deus, enquanto o pecado, criado pelo homem, é destruído pela ação de Deus.  Nesta passagem bíblica é de se destacar que nosso Deus não é invenção humana, mas a divindade pré-existente, por isso nem nome tem. É o Deus dos antepassados, o Deus de Abrão, de Isaac, de Jacó. Simplesmente EU SOU. É o Deus eterno e para sempre. Sem princípio nem fim. É o Deus que liberta da escravidão do pecado simbolizado na escravidão do Egito. É o Deus que nos salva. O Deus que nos cobre com a graça do seu Filho, dando-nos a oportunidade da reconciliação para nos reencontrarmos com o Pai.

            Na segunda leitura o apóstolo Paulo (1Cor 10,1-6.10-12) recorda como Deus tirou seu povo do Egito, conduzindo-o por estradas de provação até à terra prometida. Lembra sua passagem pelo Mar vermelho, caminha com ele pelo deserto. Alimenta-o no deserto e lhe dá água nos momentos de aridez. Apesar de tudo isso “a maioria deles não agradou a Deus, pois caíram mortos no deserto”. Não é um simples relato, mas uma releitura para mostrar a ação de Deus que não se esquece do povo, embora ele seja ingrato. É o momento que rever minhas atitudes diante de Deus. A quaresma é o tempo litúrgico para o reencontro com Deus, tempo de encontro conosco para nos encontrar com o Pai Celeste pela remissão que o Filho, Jesus Cristo, que realizou na cruz a nossa libertação e nos conduz à terra onde não há trevas, tudo será como um novo dia, nova terra, novos céus. A nossa salvação tem uma história onde Deus está sempre presente carregando-nos sob suas asas, depositando-nos na casa do Pai pelo resgate redentor no calvário. É o convite para permanecermos de pé e sempre vigilantes porque Deus está próximo e não tarda.

            São Lucas (Lc 13, 1-9) relata a advertência de Jesus a seus discípulos, lembrando algumas passagens bíblicas, sobre a necessidade de estar pronto para o nosso encontro com o Pai. Algumas passagens escriturísticas não são apenas relatos, mas instruções, lições de vida que devem ser atualizadas no quotidiano de cada um. Devemos rever nossas atitudes quando julgamos o outro. E sempre o fazemos desmerecendo o próximo e nos engradecendo. É preciso tomar cuidado para não merecer o mesmo castigo, a mesma condenação daqueles que se afastam de Deus. Se ainda não estamos dando frutos para o Reino de Deus alguma coisa está errada, como Jesus mostra na parábola da figueira sem frutos. Somos criados para dar furtos que alimentem para a vida eterna. A nossa esterilidade espiritual adverte sobre a necessidade de adubos férteis para produzir frutos, como a oração, a penitência, a Eucaristia, a caridade. Uma vida voltada para o Reino de Cristo é garantia de um lugar na casa do Pai. Isso começa agora e vai até o momento da viagem para a vida terna. Amém!

 
 
 

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