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Ano C – 5º DOMINGO DO TC - A MISSÃO

Estamos no início da vida pública de Jesus e nos preparativos da sua Igreja. Por isso temos a palavra, a vocação e a missão. São as bases da meditação de hoje.

Em Isaias (6, 11-2ª.3-8-8), meditemos sobre a vocação e missão, sua missão. Nesse relato vemos como Deus age na história e no início da missão do profeta. Percebemos a presença Deus agindo obre o povo por meio do profeta. Podemos dizer que é uma preparação para institui a Igreja. O capítulo começa com a morte do rei Osias e termina com a vida que brotará no futuro. Temos nele o passado e o futuro, informando que nesse período de tempo haverá a intervenção de Deus mudando o rumo da história de Israel. Deus utiliza um homem para realizar seu plano: chama Isaias e o envia. Temos aqui três momentos: a visão, a purificação e a missão. A soberania de Deus usa o homem para manifestar sua realeza. Precisamos estar atentos para servir nosso Deus, pois Ele sempre tem uma incumbência para nós. Às vezes parece difícil, mas Ele tem as facilidades. O que nos resta é sermos dóceis à sua vontade. Precisamos entender Isaias para compreender a vontade de Deus, por isso precisamos colocar em nossa vida: a santidade de Deus, a consciência do pecado, a necessidade da reconciliação e a esperança da salvação. Toda a missão é recheada com estas virtudes.

Para descobrir nossa missão, é bom ver como São Paulo se dirige aos coríntios (1Cor 15, 1-11), e a nós, recordando a fidelidade a Cristo e à sua Igreja, lembrando que não há reencarnação, mas ressurreição. São Paulo, diante da doutrina de alguns da igreja de Corinto, proclama a verdade com uma pergunta: “Como é que alguns de vocês podem dizer que não há ressurreição dos mortos?” E começa a ensinar a verdade diante da distorção doutrinária dos corintos que se resumia em três pontos: a) não aceitavam a vida depois da morte, a vida eterna; b) excluíam a ressurreição; c) duvidavam de que os que morreram antes da vinda de Cristo pudessem participar da vida eterna. A teologia central de São Paulo está nos evangelhos, tendo como foco a Morte e Ressurreição de Jesus. Os evangelhos proclamam a morte e ressurreição de Jesus, comprovadas pelo sepultamento e aparição aos apóstolos e registradas pela história. E os evangelhos não são reportagens jornalísticas, mas alegre anúncio da verdade. A morte e ressureição de Jesus têm como fundamento a realização do Plano Salvífico do Pai. Negar a ressurreição é negar a nossa redenção. É dizer que tudo foi uma mentira. É negar a história. É dizer que Cristo não existiu. É nosso dever esperar a nossa glorificação, excluindo quaisquer doutrinas que negam a ressurreição e pregam a reencarnação.

Com o Evangelho (Lc 5,1-11) vemos a vocação e missão dos quatro primeiros discípulos. Em Nazaré Ele havia traçado seu programa messiânico, em Cafarnaum curou doentes. Enquanto em Nazaré O recusaram, em Cafarnaum queriam retê-lo. É o pregador itinerante, o que anuncia a Palavra de Deus ao povo. E do meio do povo surgem pessoas que o seguem, participando de sua missão. Entre eles o primeiro é Simão Pedro, dono do barco que Jesus usou para pregar à multidão, seguindo a pesca milagrosa. A pesca extraordinária, em pleno dia, é uma revelação para Pedro e seus companheiros. Não é mais o filho do carpinteiro, mas alguém que tem poderes e que Pedro reconhece como o “Mestre”, que deu aquela ordem para lançar as redes, é o “Senhor”. E se dá conta de que existe uma diferença entre ambos. Aquele que fez acontecer uma pesca afortunada, agora muda a vida de Pedro. Mas como a pesca estava associada aos companheiros, também muda suas vidas, abandonando o passado para seguir Jesus. Vemos aqui uma nova dimensão missionária de Pedro, o núcleo do povo novo. É a Palavra de Jesus que garante a eficácia dessa missão, a Palavra que surgiu lá nas margens do lago.

Somos chamados a seguir Jesus, sermos dóceis à sua convocação, como foi Isaias. Aceitar a Morte e Ressurreição de Jesus para ter a vida eterna, como na pregação aos corintos. E mudar nossa vida, sendo missionários de Cristo. Isso é o que a Assembleia de Aparecida nos afirma: Discípulos Missionários.

 
 
 

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