Ano C – 8º DOMINGO DO TC - O CAMINHO DA PERFEIÇÃO
- encontrobiblicocat
- 1 de mar.
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A Sagrada Escritura nos apresenta o itinerário para buscar a perfeição. Vivemos num mundo que não conhece a Sabedoria de Deus, embora ela esteja ao nosso alcance. Hoje, a liturgia nos apresenta algumas digas para não errar o caminho de Deus. No texto do Eclesiástico (27,5-8) são feitas reflexões necessárias para a nossa purificação, tiradas do quotidiano da vida. Se somos pecadores, as correções são aplicadas para nossa purificação. Se somos justos e não temos a presunção de nos atribuir este título, compreenderemos que o sofrimento é por causa da glória a ser recebida no céu, pois “como o forno prova os vasos do oleiro, assim é a prova da tribulação para os justos”. Devemos nos alegrar por sofrer em nome de Cristo, porque o fruto mostra como foi cultivada a árvore: frutos sadios, árvore bem tratada; frutos doentios, árvore mal cuidada. Alma triste, corpo doente pelos pecados. Alma alegre, corpo sadio espiritualmente. Assim podemos avaliar a nossa saúde espiritual, a nossa intimidade com Deus.
São Paulo termina a sua formação sobre a Igreja com um hino da vitória sobre a morte, ou seja, a derrota da corrupção do pecado (1Cor 15, 54-58). A vitória foi conseguida por Jesus Cristo, quando se entregou na cruz. O que é corruptível não pode atingir a perfeição por si mesmo. Requer a intervenção criadora de Deus quando o ressuscitará dos mortos, elevando toda a humanidade. Somente pela ação salvadora de Cristo é que será suprido o abismo entre a morte e a vida, entre a condição humana e a divina.
Lucas (6, 39-45), diante das realidades que cercam Jesus e seu tempo, apresenta a parábola que trata da firmeza e zelo das coisas de Deus, estimulando os seus discípulos a escolherem o caminho certo, no seguimento do único mestre autorizado. É preciso se precaver contra os falsos guias da comunidade. Há um só Mestre, um só Guia, os outros são discípulos. O outro aspecto que Cristo adverte é sobre a hipocrisia dos que se julgam juízes para julgar o próximo e não vêm os próprios erros. Jesus volta à comparação da árvore e seus frutos. O que importa não é o código de normas, mas o que o coração dita; não é o comportamento exterior, mas o que a consciência aprova ou condena, tanto no agir como no falar. É do coração bom, da consciência limpa e iluminada pela reta razão que o homem pode fazer brotar as autênticas virtudes cristãs, porque a boca fala daquilo de que está cheio o coração. É da saturação das virtudes que irradia o amor de Deus.
É um convite a rever nossa vida, mudar o que precisa ser mudado. Redirecionar nosso itinerário, se for necessário, tirar do nosso olho toda cegueira para ver, conhecer e testemunhar o Cristo que está em nós e no próximo. Amém.

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